segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Estudo derruba mito de recriar dinossauros com DNA fossilizado


Material genético não sobrevive a mais de 6,8 milhões de anos.
Filme de Steven Spielberg, 'Parque dos Dinossauros', aborda possibilidade.

Do G1, com agências internacionais*

Cientistas da Universidade Murdoch, da Austrália, descobriram que o DNA encontrado em material fossilizado não sobrevive a mais de 6,8 milhões de anos o que torna "altamente improvável" a extração de material genético de dinossauros para recriá-los na atualidade.
O estudo, publicado na última edição da revista da academia de ciências britânica, pode derrubar o mito que nascem com o filme "Parque dos Dinossauros", lançado em 1993 pelo diretor Steven Spielberg.
Na obra de ficção científica, o DNA dos dinossauros poderia ser extraído de mosquitos preservados em âmbar durante milhões de anos. Tais informações genéticas ajudariam na reconstrução de cromossomos dos répteis pré-históricos para reproduzi-los.
Em entrevista ao jornal australiano "Sydney Morning Herald, o cientista Mike Bunce, um dos autores da investigação, afirma que desde a década de 1990 o mito de recriar dinossauros permaneceu forte.

Réplica de dinossauro gigante. Estudo afirma que é impossível coletar material genético fossilizado há mais de 65 milhões de anos  (Foto: Divulgação / Expo Mundo Jurássico)

Para conhecer a viabilidade do experimento, Bunce e seu colega, Morten Allentoft, decidiram estudar o período de sobrevivência do DNA a partir dos restos de 158 moas, uma espécie de ave gigante já extinta e que vivia na Nova Zelândia.

A partir dessa experiência, os pesquisadores descobriram que o DNA sobrevive em fragmentos ósseos por "apenas" 6,8 milhões de anos, se for conservado a uma temperatura de -5 ºC.  De acordo com os pesquisadores, condições ambientais como temperatura, ataques microbianos e oxigenação também afetam o processo de decadência do DNA.
No entanto, o cientista australiano disse que é provável que se possa extrair uma quantidade significativa de material genético de restos fósseis com cerca de 1 milhão de anos, que estejam conservados em ambientes gélidos.
Ainda assim, existem outras dificuldades para extrair o DNA de insetos conservados em âmbar, já que eles tendem a desintegrar-se devido a seu estado de decomposição e o material costuma estar contaminado e incompleto.

*Com informações da EFE

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